terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

só eu sei de você.

Me perguntaram esses dias as coisas que me irritam. Quando parei pra pensar, vi que dariam páginas e páginas de itens, ações, e tudo mais. Mas depois me deu uma sensação estranha, será que na verdade não são as coisas que realmente me irritam mas sou eu que as torno irritantes? Será que não sou eu que sou chata demais? Depois pensei, que poxa, imagina quantas pessoas devem me achar o ser humano mais insuportável do mundo... Tudo o que me irrita nos outros, também posso fazer a ponto de irritar alguém... Não sei, não sei. Agora hoje, me peguei pensando: como é possível alguém se interessar tanto pela própria vida?! Como alguém consegue falar só de si, não querer saber do outro, e não ouvir direito o que os outros têm a dizer... Mas funciona igual a ‘irritabilidade’, será que também não faço isso? Será que também não falo só de mim o tempo todo? Será que não passo a ideia de uma narcisista louca, que só se importa com sua vida e nada mais? Não sei, simplesmente não sei, mas eu espero que não, pois tento o tempo todo apaziguar as coisas e não me focar só em algo. Mas isso tem acontecido muito, estou tirando conclusões de ações, pessoas, fatos, e depois tenho pensado se eu também não sou/faço isso. Acho que isso é uma coisa boa, isso é algum tipo de desenvolvimento certo?! Mas é estranho ver como as pessoas conseguem falar tanto de si, ainda mais para tanta gente, e eu não conseguir tirar um amigo meu que saiba mais de 50% da minha vida. Não sei se sou um ser humano super desinteressante, ou seja o fato de todos acharem que deve ser um saco ser que nem eu, pode ser que seja verdade, mas não é bem assim. Mas as vezes seria bom ter alguém que realmente quisesse me conhecer. Mas não sei se o problema é as pessoas não se interessarem por mim, ou o fato de eu não conseguir contar muito, ou como dizem 'me abrir' para alguém, não me sinto segura com tanta exposição. Hoje até me peguei pensando que queria pegar minha alma, deixar meu corpo e minhas manias loucas, e ir pra outro lugar, mudar de estação... que piada. Mudando de saco pra mala, aí está a chave de qualquer começo de relação. Se interessar pelo outro. Não querer só falar de ti pra ele, mostrar quem tu és pra ele, mas esquecer de notar como ele realmente é. Uma verdadeira relação vem de 50/50, os dois se conhecerem, os dois se interessarem um pelo outro. É, realmente, tu não vai gostar de ninguém se tu não tentar conhecer a pessoa a fundo, não se interessar o suficiente para isso... Sair da superficialidade, e do rostinho bonito. Não sei, não sei, o problema é quando tu conhecer tanto a pessoa, a ponto de precisar se afastar dela. São muitas coisas que tem passado na minha cabeça. Não sei mesmo. Outro dia me perguntaram se eu queria me casar, e me veio aquele pânico. Me disseram que sou metódica, não minto, sou mesmo e isso é um saco. Tenho toda uma vida planejada, escrita, e programada, e que não está sujeita a edição. Mas parei para ver ela, e vi que não deixei nenhum espaço, ou brecha para um ‘casamento’. Vi que nunca tive como objetivo ‘encontrar alguém’. Não é possível que com somente 15 anos eu já tenha percebido que ninguém nunca vai me satisfazer, e eu nunca vou aceitar o incompleto. É, isso é um saco, mas nem parece ser escolha minha. Mas essa idéia de se fixar a alguém é tão agonizante. Ter filhos então! Saber que alguém depende de ti, que não é só tu na vida... Sei lá. Gosto de saber que no futuro, se não me sentir satisfeita com as coisas, eu posso simplesmente sumir, que só depende de mim, eu dependo só de mim. Mas por enquanto, vou deixar assim, meus objetivos já estão certos, e não estão sujeitos a ‘repensamentos’. Acho bom eu refletir sobre as coisas, e até sobre meus próprios pensamentos, mas estou com medo que isso me afaste das pessoas. De novo. Pode parecer idiota, mas eu escuto Fresno, sempre escutei, e não tenho vergonha disso, ao contrário de muita gente acho que eles vão crescer muito mais ainda no cenário da música brasileira, e eu ando muito nacionalista essa semana, mas enfim, não sou fã, mas até admiro os caras, e achei um trecho muito interessante:

...só não queria dizer adeus
...pois não há alguém que possa te amar,
pois não há alguém que possa nos salvar.

Porto Alegre - Fresno

É, agora é tudo uma questão de tempo, até minha cabeça dar um giro de 360º e eu mudar minha opinião sobre tudo, de novo.

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