(proposta de redação do colégio: um homem desapareceu em Madri, fazer uma narrativa de como o homem teria desaparecido.)
Estava eu no museu, andando pelos longos corredores, vendo os mais diversos quadros, estava viajando pela Europa, no momento na capital da Espanha, Madri, e andando pelo Prado. Meu conforto foi perturbado quando uma mão, com muita força, puxou meu braço e arrastou-me para uma daquelas salinhas escuras e secretas que os filmes tanto fantasiam.
Rapidamente fui sentado a força em uma cadeira de madeira, meus olhos foram vendados e o cheiro forte de cigarro e whisky, que pairavam pelo ar impregnaram meus pulmões. Meu coração batia em um ritmo frenético, vozes falavam ao meu redor, mas não espanhol, a língua local, era um dialeto diferenciado, era latim, uma língua considerada morta nos dias de hoje. A cada passo que alguém dava pela sala, o ar se movia de um jeito diferente, o que me dava calafrios na espinha, e eu sabia que minha hora tinha chegado.
- Agora seu Oscar, você pagará por tudo que fez. Você sabe que mexer com o comércio mundial de armas é algo muito perigoso. Você interceptou minhas passagens mais importantes para a América do Sul, e fez meus negócios caírem mais de 30%. Mas você vai pagar, vai pagar com sua vida. Mas não se preocupe, morrerá com honra, sabendo que foi um político honesto no meio de tantos que foram fáceis de corromper nesse assunto. Honesto mas tolo. Morrerá com a honra de um rei, que tentou mudar esse mundo, essa imundice em que vivemos, tentou fazer algo bom por esse povo que não merece tanta generosidade. Mas, o senhor mexeu com as pessoas erradas... – Disse o homem incrivelmente perto do meu ouvido.
Então um silêncio agonizante permaneceu na sala, só se podia ouvir a minha respiração, que era ofegante pela descarga de adrenalina, e a de mais três homens. Não iria implorar por minha vida, não por orgulho demais, mas por dignidade, sei que fiz tudo que tinha que fazer em minha vida. Ouvi o engatilhar de uma arma, e algo gelado encostou em minha testa, não ouvi mais nada, já estava morto.
Meu corpo estava caído da cadeira e minha alma pairava pela sala. Até que uma luz branca surgiu, e o cheiro de cigarro e whisky foi substituído pelo cheiro do campo e de jasmins, um cheiro de aconchego. A morte é pacífica, a morte dos bons é calma. Eu já estava em uma espécie de inferno e agora tenho passe livre para o paraíso. Morrer dói, mas não para quem já estava morto.
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