domingo, 31 de outubro de 2010

Muito mais que uma Eleição.

Ano de eleições. Votamos para deputados, senadores, governadores e presidente. Ano de levar a sério o “trabalho” de cidadão, pois é agora que vamos decidir os quatro anos que estão por vir. É hora de entendermos o que aconteceu, o que está acontecendo, o que pode acontecer e o que devia acontecer com nosso país.

No Brasil, o voto é obrigatório, vivemos em uma democracia que nos obriga a votar. Assim como existem epidemias de doenças, vivemos em uma grande epidemia de ignorância e ganância que domina o globo, podemos notar isso muito bem nas eleições, já que a maioria dos eleitores são desinformados e votam –literalmente- por obrigação, e votam em qualquer um que lhe garanta o pão.

As pesquisas mostraram que a região que mais pesa nos votos é a Nordeste, e também mostraram que é exatamente lá que se concentram os maiores índices de analfabetismo e carência do Brasil. As eleições são levadas na brincadeira e sem seriedade ou verdadeira preocupação.

Nos Estados Unidos, o voto não é obrigatório, tanto que nas últimas eleições estadunidenses menos de 40% da população foi às urnas, os candidatos mal faziam campanha para si, a maioria das campanhas eram direcionadas para influenciar o voto. E é claro que não se é possível aplicar isso no Brasil, pois ninguém quer que seu futuro seja decidido pela burguesia brasileira, ou seja, os mais informados e com maiores recursos.

Os brasileiros esquecem –ou até mesmo não sabem- de sua história, da época da Ditadura, na qual tudo era proibido e os direitos ignorados. Esquecem da sorte de terem um país rico em beleza natural e cultural, não se preocupam em cuidar do Brasil.

A solução para o Brasil é uma boa dose de realidade, talvez o país precise sofrer um pouco para aprender. As pessoas têm de sair do seu meio de conforto, para então pensar em como restaurá-lo.

O que nos resta é a esperança e a sede de mudança que vai surgir, talvez um dos maiores passos que as pernas dos brasileiros possam dar, é não trocar o canal no horário eleitoral.

Agora dia 31 de outubro, teremos o segundo turno das eleições. Desde o começo das campanhas, as pesquisas já indicavam que os mandados para o segundo turno seriam Dilma e Serra, pois bem, aconteceu. As pesquisas influenciam o voto popular, fazem pensarmos que nosso voto não valerá à pena se não for para aqueles que as pesquisas destinam ser os “encaminhados” para o segundo turno.

Agora já é tarde, todos os outros candidatos já foram “deixados para trás”, temos de refletir e decidir entre Dilma e Serra. Os candidatos apresentam posturas muito divergentes em relação a certos assuntos. Fazendo seus eleitores serem muito diferentes também. Persuadir alguém que iria votar no Serra a votar na Dilma é impossível, assim como o contrário. A política, a decisão de voto deve ser feita com nós mesmos, pensando na nossa vontade para/com o futuro do país.

Se formos analisar a campanha da Dilma, pensando como jovens estudantes vemos o seguinte: Dilma quer fortalecer ainda mais a Bolsa Família, e criar o Próximo Passo que ajudaria as pessoas do primeiro programa ditado a entrarem para o mercado de trabalho. Dois programas destinados a classe baixa, atraindo atenção da mesma. O governo petista sempre teve essa abordagem, apontar para as classes baixas em busca de votos, ou em busca de fortalecer a estrutura do país, visto que a classe baixa é maior que as outras em níveis populacionais.

Agora, analisando a campanha de Serra, percebemos que o tucano se voltou para a área da educação, enquanto Dilma se preocupava na sustentabilidade do país em termos populacionais. Serra ressalta seus programas para o Ensino Técnico, mostra o interesse em construir faculdades de Tecnologia, e de criar o programa PROTEC que teria como fundamento ajudar financeiramente os estudantes.

Essas foram às propostas de nossos presidenciáveis... Mas onde está a educação? E a saúde? O saneamento básico? A infraestrutura? A economia? Nossos candidatos não têm raízes muito longas em relação a outras preocupações com nosso país. Preocupam-se mais em fazer propagandas ofensivas ao concorrente, em gastar dinheiro e matéria prima com santinhos e cartazes, a cuidar de suas aparências e modo de vestir, do que fazer uma campanha com fundamentos e objetivos de fato relevantes em relação ao futuro do país.

Agora, o que nos resta é esperar e ver que decisão esse nosso Brasil irá tomar, rezar, não importa qual seja nossa crença, para que o país cresça e melhore cada vez mais. É claro que não podemos falar do futuro do Brasil com tanta tristeza, não podemos falar da nossa terra como sendo algum lugar de pessoas insensíveis e corruptas. Não é só isso que se baseia nosso lar. Comparado a outros países, aqui é o paraíso.

O Brasil é o país das praias, do clima harmônico, das paisagens mais estonteantes da América do Sul, do povo acalorado e respectivo, o país de uma história fantástica e uma cultura inimaginável. O país do samba, do futebol. O país da leitura, da educação. Que embora seja visto ainda futilmente no exterior, é um país que ainda tem muito para mostrar a esse mundo. Aliás, todos os países têm muito a mostrar a todos. Basta selarmos a paz mundial que é superficialmente tratada hoje em dia. Mas que é de imensa necessidade para o mundo que está vindo.

Agora com tantos problemas ambientais e educacionais que vem ocorrendo mundo a fora, está na hora de o mundo se unir e perceber que só seremos de fato humanos, quando agirmos como humanidade.

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