sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ódio.

O ódio tem movido o mundo. Por ódio se mata. Se é inconsequente. Por ódio, raiva, ira, fazemos coisas inimagináveis. O mundo tem nos colocado nessa posição. Nesse sentimento constante que se materializa cada vez mais. Um sentimento exorbitante que toma conta e não há como domar. Hoje se fala tanto de ódio, se odeia tanto. Esquece-se do amor. As pessoas não tem equilíbrio, ou amam excessivamente, ou odeiam mortalmente. Perdemos tempo com o ódio enquanto há tantas coisas mal resolvidas aqui. Love power, anos 70, não é bem isso que intenciono. Mas espero. Os sete pecados se modificam na atualidade e se resumem em um só. Nunca ouvi falar das sete "bondades", virtudes, seja lá o que for. Digo, perdemos muito tempo odiando, falando sobre ódio e hipotetizando teorias e níveis sobre o mesmo. Tem coisas lá fora muito mais aterrorizantes que o ódio. O sentimento de odiar te consome, e populariza. Se odeia sem conhecer. Odiamos pessoas, coisas, gostos. Odiamos coisas que podíamos muito bem gostar. Odiamos o que não aceitamos, não acreditamos ou que se contradiga sobre nossos pensamentos. Somos tão cabeça dura que odiamos tudo que é diferente de nós. Não aceitamos as coisas. Essa 'não aceitação' levou aos "superiores" escravizar nações inteiras. Hoje escravizamos nossa mente quando dizemos que odiamos algo. Odiar é muito forte, tão forte quanto qualquer soco. Não levo a radicalização da expressão, mas sim me refiro a grande utilização que fazemos dela. Não temos mais tempo para odiar, mas precisamos de tempo para conhecer as coisas, as pessoas. Precisamos disso. Unificação. Em um mundo movido pelo individualismo falar de união parece loucura. O individualismo nos leva a nos ausentarmos de nossas próprias vidas. Refaça os sete pecados, inveje a beleza da vida, tenha a gula por conhecimento, queira a luxúria da felicidade, obtenha a avareza sobre os recursos naturais, tenha preguiça de maldade, coloque a ira fora e traia o tempo. A vida passa por nós tão rápido quanto passamos por ela, em nós nos deixa marcas, tanto de expressão quanto profundas cicatrizes. Mas será que a marcamos da mesma forma que ela faz conosco? Será que deixamos aqui algum rastro que perdurará? Além desse rastro de destruição, desmatamento, dizimação de vidas e infelicidade que assombra o mundo? Não é difícil criar um caminho de bondade, já tivemos bom exemplos disso, King lutou, Lenon cantou, Gandhi rezou, e todos se foram mas deixaram uma boa recordação. O ser humano tem uma busca incansável de seus objetivos ou vontades, sem pensar que devemos incluir os outros nesse processo. Somos muito jovens para odiar, e até mesmo para amar. Devemos conhecer antes de julgar. Troquemos a arte de procrastinar pelo produzir, tender, somar e criar nossa personalidade baseada em valores, virtudes, objetivos e até mesmo crenças. O ódio não constrói, muito pelo contrário. Olho por olho, dente por dente, é uma política para boxeadores, não seres humanos.

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."
Martin Luther King

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