sexta-feira, 13 de maio de 2011

Numb?

Descobri que não sou tudo que penso que sou, que não faço tudo certo e não sei de tudo. Percebi que me transformei em tudo aquilo que um dia eu tive medo de me tornar.
Não sei como e não entendo por que. Não lembro nem ao menos quando comecei a pensar na minha essência, ou melhor, na falta dela.
Quero ajuda, mas não gosto de saber que preciso de alguém, gosto de me resolver sozinha. Não preciso.
Penso o quanto idiota sou por achar que minha ‘crise de identidade’ é algo importante, mas depois penso se eu não tenho o “direito” de ficar triste. Não tenho. Existem coisas no mundo muito mais importantes que isso. Eu tenho muitas outras coisas para pensar e fazer, do que me focar nisso.
Tenho que ajudar quem precisa, e mudar o que está errado. Mas não o que eu acho que está errado, mas o que está socialmente visível. Não quero me distrair com essa minha sina. Não quero envolver todos nessa minha “dissipação”.
Quero mudar, mudar sozinha e por mim mesma. Não quero mudar com os outros, não quero perder pessoas. Mesmo ninguém tendo me oferecido ajuda, quando o que eu mais queria era isso, ou será que estou sendo injusta? Será que também não fui amiga o suficiente para ninguém?
Às vezes acho que sou a única sóbria dessa onda de maldade e individualismo, outras vezes penso que sou a mais embriagada de todos. É 50/50. Não sei o que sou, não sei como é minha postura perante o mundo, não sei o que quero ser, mas tenho muito medo de tudo que posso me tornar.
Eu to tentando me encontrar, eu to tentando me entender. Mas não significa que eu saiba como fazer isso. Ao mesmo tempo em que quero fazer isso sozinha, quero ter alguém do meu lado. Não me entendendo, não espero que ninguém o faça.
Eu só queria ser algo, eu só queria saber o que eu quero ser. Queria ser algo para alguém.
Queria ser algo para mim mesma. Eu só quero ser uma pessoa boa, queria que todos fossem. Aguentaria todas as dores do mundo, mas não sei lidar com essa “dor que não dói" presa dentro do meu peito.

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